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terça-feira, 31 de maio de 2011

"Você é doida demais... doida, muito doida.."

Meus queridos! Descobri esse fato! Tenho sérios problemas psiquiátricos!

Todos sabem (ou quase todos) que eu sou mãe-solteira de uma menina muito fofa, muito linda e muito especial na minha vida! Decidi não conviver mais com o pai dela, não deu certo e todo aquele blá blá blá que tem direito no fim de uma relação.
Alguns amigos do trabalho até assustam quando eu digo que convivi com ele por quase 6 anos! Sim, foi isso mesmo, 6 anos!
Pois bem, decidido isso, comecei a reorganizar a minha vida! Estudos, trabalho, maternidade, procurando o máximo que eu puder não contar, precisar ou mesmo falar com ele... e tem dado certo! Nunca tinha me sentido tão bem....

Só que... eis que vem uma notícia hoje: "ele está namorando"!!!. Claro, não tenho certeza da fidelidade da informação... não sei nem mesmo se é um namoro, ou um fica.... mas enfim, a frase (maldosa ou não) foi suficiente pra ficar martelando na minha cabeça até agora!

Gente, vocês não sabem o que senti na hora que eu ouvi! Um tremor da cabeça aos pés, parece que de repente fiquei sem chão... e uma raiva, uma raiva absurda!!! Junto com a raiva, veio um sentimento de injustiça... sabe aquele sentimento, que vem colocar na minha cabeça que sou muito melhor do que ele, pois me dedico mais, estou sempre colocando minha filha em primeiro lugar, fora o fato de que sofri muito com todo esse fim de relacionamento. Comecei a perguntar: como é que pode ele estar bem hoje, sem sofrer nada, sem aprender, sem se arrepender, sem mudar????!!!

Foi ai que pensei: só posso estar louca! Afinal, o que eu mais estava desejando nos últimos tempos, que ele me esquecesse, levasse a vida dele, aconteceu! E eu estou reclamando?!
Ah quem diga que eu me senti assim, porque ainda sou apaixonada por ele... mas eu tenho uma outra versão...

Eu me senti assim hoje, porque eu ainda permito que ele faça parte da minha vida mais do que deveria fazer! Ele é o pai da Júlia, nosso elo é eterno em relação à paternidade, mas apenas isso! Ele não é mais meu confidente, meu companheiro para qualquer hora, meu amor... não é mais! Chego mesmo a me perguntar se algum dia ele foi tudo isso, ou se eu apenas criei uma ilusão.
Meus queridos, as ilusões são perigosas, elas nos mantém cativos de situações e sentimentos fugazes. Elas nos fazem esperar ou lutar por algo ou alguém que já perdemos, ou mesmo, nunca tivemos.
Ao conversar com duas amigas hoje, ouvi que esse sentimento que tive é até normal, mas se ele me traz apenas pensamentos ruins, é muito prejudicial.... pois vou sofrer ainda mais. Vou parar de progredir, de viver, para apenas desejar que o outro seja infeliz. Confesso que já desejei sim, que ele sofresse muito, sofresse tudo o que eu sofri... mas o que isso traria de bom para a minha vida? Mais ainda, qual homem estaria disposto a me conhecer se eu continuar presa a sentimentos e desejos de vingança para com outra pessoa?

Foi então que conclui o seguinte: não posso deixar minha vida acontecer em torno do que ele faz ou deixa de fazer para mim e para a minha filha! Eu quero viver, quero amadurecer, conhecer pessoas, se apaixonar e amar de novo, ser uma mãe maravilhosa para minha filha, e principalmente que ela seja uma criança feliz e uma mulher realizada, porque na vida dela não faltou nada, principalmente o meu amor!

Enfim, quero ser verdadeiramente livre!!!

E quanto a ele.... ah meu querido, vá ser feliz! (e me esquece!)

Beijos no coração!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Medos Contemporâneos!

Sou uma daquelas pessoas medrosas, e tenho muitos motivos pra fazer meu coração palpitar, minhas pernas tremerem, uma confusão tomar conta de mim, muitas vezes por coisas bestas... assim, posso listar alguns desses medos: de baratas, de elevador, de altura, de escuro (ele me deixa oprimida, triste), de andar sozinha pela rua, medo de ficar só .... mas, tenho ultimamente um grande medo, o da morte.

Na verdade eu tenho esse medo desde criança, a partir do falecimento da minha avó paterna. Foi como se o óbvio e a cruel realidade caíssem de para-quedas sobre mim: as pessoas simplesmente vão embora, umas tarde, outras cedo, mas todas vão... inclusive, nós! Claro, que por ser cristã católica, passei a ver a morte com um novo sentindo, mas isso não significa que ela tenha se tornado menos assustadora! Pelo contrário, agora depois de ser mãe, esse meu medo aumentou, na verdade estou em pânico.... pois penso na possibilidade de morrer e deixar minha filha só, de não a ver crescer, de não educá-la, de não estar presente em sua vida! E consequentemente, também tenho o pânico de perdê-la!
Acredito que esse medo paira sobre nós devido a grande impotência que temos diante da vida, queremos controlar tudo, saber sobre tudo, modificar o que for possível, nos sentimos donos "do universo", mas na verdade, não podemos nada, não somos donos de nada... muito menos dos nossos dias! E não pensem que algumas pessoas tem o "poder" de prever tudo, pois não tem. Esse poder não é dado a ninguém, pensem bem sobre isso!

De uma coisa eu sei... esse medo retornou com mais força, nesses últimos tempos, depois do falecimento da Karlinha! Agora minhas noites são assim: vou me deitar e não consigo dormir, fico na cama, rolando de um lado pro outro, pensando.... pensando.... pensando....
Até que durmo, mas geralmente acordo assustada com algum pesadelo, e levanto-me de um salto pra olhar a Júlia...

Eu hein, coisa de doido!

Acho que tô precisando de um bom terapeuta!

Alguém conhece um??!! rs....

Beijos no coração.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Certas coisas não se explicam...

Hoje passei por uma experiência muito difícil!
Fui ao velório de uma amiga de trabalho. Não apenas mais uma no meio de tantas, mas 'àquela' que resolvia tudo, àquela que confiávamos, que tinha competência, ética, e principalmente amor pelo que fazia.
Karla era assim, amorosa, verdadeira, as vezes braba, mas muitas, muitas vezes doce! Ainda me lembro (e me lembrarei por muito tempo), de quando chegava para trabalhar - aos pedaços por conta dos meus problemas pessoais - e no meio de tanta correria, ela parava e se permitia me ouvir, assim, de mansinho, como quem não quer nada demais, mas após ouvir minhas poucas palavras, sempre vinha um ensinamento, uma riqueza, uma experiência de vida, ou até mesmo a peculiar "batida" na mesa, forte, pra mostrar indignação por aquilo que tinha acabado de ouvir.... no fim, ria muito, sempre era divertido!
Karlinha não ensinava só com as palavras, ensinava com as atitudes! Sempre elegante, sempre amiga... era muito admirada por todos nós, funcionários, professores e alunos.
Ela tinha lúpus, uma doença cruel, e por conta disso, mantinha a disciplina na sua vida... não fumava, não bebia, não cometia exageros, dormia cedo... não se portava assim apenas pela doença, mas porque era cristã, mulher de Deus, mãe zelosa... mas um dia ela adoeceu, e não voltou mais! Por semanas precisou de repouso e cuidados, no fim seu organismo não resistiu e ela nos deixou ontem, antes mesmo de assumir nova função na escola, a de vice-diretora!
Karlinha.... jovem, recém-divorciada pronta para viver, com novas oportunidades de trabalho e de estudo...

Isso tudo me fez pensar, em como realmente somos impotentes diante das dores da vida! Não controlamos nada, não somos donos de nada! Nem da nossa vida.... Não estou dizendo, e nunca direi que "ah foi Deus que quis assim", NÃO FOI, o Deus da vida não pode querer a morte! o Deus da vida não amaldiçoa, mas abençoa! E a morte - diante do olhar cristão - não é o fim de tudo!
Ficamos tristes, é claro, porque sentiremos muito a sua falta, mas estarei confiante na ressurreição, e "sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio" (Rm, 8,28).

No meio de tantas lágrimas, uma cena me chamou a atenção! A capela estava cheia! Muitas pessoas foram dar seu último adeus à Karla, professores e funcionários de outras escolas que ela já trabalhou, além de nós e de nossos alunos. Tinha momentos de tanta gente, que precisamos revezar... saíamos um pouco, e depois voltávamos, e cada vez chegava mais gente... Foi quando eu percebi, o quanto especial ela era, o quanto era querida e amada! Ninguém ali precisava fingir, e se fingiam, que aproveitem esse momento para um verdadeiro arrependimento e conversão. Palavras não eram necessárias, lágrimas, abraços e colo eram suficientes!

A pergunta que me fiz hoje, depois que saí de lá, foi: caso eu venha a falecer, no meu velório iria tanta gente?! Calma, antes que pensem no absurdo da minha pergunta, eu já explico...
Eu me perguntei isso, porque fiquei questionando: o que estou fazendo na minha vida que realmente esteja valendo a pena? Estou trabalhando como se deve? Estou sendo amiga, irmã, filha, mãe, companheira como se deve? Ainda mais, estou amando como se deve???!!! E vocês, estão?!
Se estamos, que bom, agradeçamos e peçamos ao Senhor que nos sustente nessa caminhada tão difícil, mas se não estamos, roguemos ao Pai das Misericórdias que venha ao nosso auxílio, que nos perdoe e transforme o nosso coração!
A hora da mudança chegou!!! Não podemos deixar para depois!! É agora!!!

Karlinha, com certeza estava amando e fazendo tudo como se deve! Hoje tivemos a prova disso! Infelizmente - e sinto muito - não tive tempo de dizer a ela, o quanto ela era importante pra mim! Carregarei essa minha falta por muito e muito tempo...

Amiga, estou sentindo sua falta, e o espaço que você deixou não será preenchido! Ainda imagino e penso que vou ver você chegando à escola, com àquela sua pasta... sorrindo, dando bom dia a todos!Tivemos um ano apenas de convivência, mas foi o suficiente para que te tornasses tão preciosa ao meu coração! Hoje estou em lágrimas, mas depois sorriremos, juntas, ao nos (re)encontrarmos.

Grandes beijos minha querida! Esteja na paz no Senhor!

Até mais....

Te amamos!

domingo, 1 de maio de 2011

Alegrai-vos!


Gente, eu não sei o que cada um de vocês estava planejando para esta última Semana Santa, ou se ao menos planejou alguma coisa. O que sei é, que eu planejei algo grandioso: ter um re-encontro com Deus!
Confesso que nesses últimos dois anos me afastei das minhas atividades comunitárias, com o pressuposto que não aguentava mais a hipocrisia e as mazelas de "algumas pessoas", e assim fiquei dizendo por muito tempo: os outros que não fazem, os outros que não servem, e até mesmo os outros que não prestam! E viajei com esse sentimento, de que era melhor do que muita gente!
De maneira providente, minha viagem deu certo e foi muito tranquila, só que Deus queria mais para mim, queria revelar-me a verdade!
Primeiro percebi que Ele, todo esse tempo, sempre esteve ao meu lado, independente se eu estava ou não ao lado d'Ele. Segundo, colocou de maneira profunda em meu coração, que não importa "os outros", no sentido de que eu tenho que me preocupar com a MINHA caminhada, e não com a caminhada de ninguém, com os MEUS pecados, e não com os pecados de ninguém, com as MINHAS faltas e não com as faltas de ninguém!
E finalmente, Ele me fez perceber, que não são eles quem mais precisam de conversão: quem mais precisa, SOU EU!
Acreditem, não é fácil estar nessa situação... estar diante de Deus como a menor, a mais miserável de todos, a que mais precisa ser curada! E é mais difícil assumir, tanto para nós mesmos, quanto para os outros....
Mas esse reconhecimento, de que precisamos ser restaurados, traz consigo uma grande sensação de liberdade! Aliás o primeiro passo para a mudança, é o reconhecimento de que é preciso uma mudança, não é mesmo?!
Uma grande graça poder perceber tudo isso em plena Páscoa! Essa foi a minha páscoa, a minha passagem... já não quero mais ser cativa. Cativa do que? Cativa das minhas idealizações, cativa dos meus maus pensamentos, cativa dos meus medos....
A mensagem que ficou é essa: Alegrai-vos! Pois o Senhor ressuscitou! E Ele, mais do que ninguém quer te dar uma vida nova! Novos planos, novos sonhos!
Mesmo que estejamos passando pelo aparente silêncio de Deus, mesmo que não possamos perceber sua providência em nossas vidas, não desanimemos, pois Ele não está parado, Ele está preparando grandes graças para a sua vida!
Só basta a gente querer!

Uma Feliz e Abençoada Páscoa a todos!